toda forma de amor vale a pena...

Friday, August 29



Posso falar?


Tenho um pseudo namorado a 6 meses. A gente se fala todo dia, a gente briga, tem ciúme, se cobra, sai, bebe, blablabla whiskas sachet.
Mas não fica. Não com frequência.
Na verdade acho que faz um mês, mais do que isso até, que a gente ficou pela última vez.
Muita gente me pergunta como eu me sinto com isso, se existe alguma lógica nesta 'amizade colorida'. Não existe, mas, tá, e daí?

A mulher de hoje anda muito, ou nada preocupada com os rótulos. Se está solteira, está encalhada, se namora, não tem liberdade, e quando namora cobra cobra cobra. Existe uma inversão de valores, uma importância exagerada no 'ter', no 'possuir'.

Não sou muito diferente disso, mas estou aprendendo. Um dia desses meu BFF (best friend forever, apelido do moço em 'off' lá em casa...) me disse que quanto mais ele é cobrado, mais ele se afasta. E que quando a gente ama deve deixar livre, pois se voltar é que o outro o ama também.
Difícil quando se passa 24 horas insegura do cara conhecer aquela loira peituda e ma-ra-vi-lho-sa na próxima esquina e me mandar apastar para sempre. Mas resolvi tentar...

Quer um exemplo?
Ontem eu tive uma noite de cão, mãe a reclamar, irmão comendo AQUELE nescau que eu estava guardando para fazer AQUELE brigadeiro (que a gente faz na hora de desespero profundo)... eu estava um stress, liguei pra ele. Depois de 3 tentativas escuto um: "Estou ocupado, não posso falar, TCHAU."

TU-TU-TU-TU-TU...

Fiquei puta. Custa ser educado? Aí passa as 36538756 neuroses básicas na cabeça, não me dá valor, não me ama, se diverte só, eu só presto quando estou bem e por aí vai. Escrevi uma mensagem desaforada. Porém pensei duas vezes... não mandei.

Uma hora depois ele me liga de volta. Mal humorado, monossilábico. Quando eu falo que queria conversar, ele me diz que está de ovo virado, tem coisas a resolver e tal. E eu estressada ².
Fiquei quieta. Balbuciei um 'tudo bem' e me conformei que estava com um grandessíssimo filho da puta que não dá a mínima para mim.

Menos de uma hora depois ele liga. Se explica, diz que não queria falar comigo estressado, e acaba contando que também tinha tido uma noite do cão. Inclusive que quando eu tentava ligar para ele, o dito cujo estava resolvendo coisas para a mãe. Conversamos quase uma hora. Me acalmei, ele também, terminamos a conversa rindo.
Fiquei pensando o que teria acontecido se eu tivesse mandado a mensagem desaforada que havia escrito.

É, eu sei, difícil esperar, difícil ser fria, difícil saber racionalizar. Hoje mesmo, não sei se a gente vai se ver, não sei se não vai... Vou ficar na minha.

Fica a dica do dia:


"Amo a liberdade, por isso deixo livre tudo que tenho...Se voltar é porque conquistei, senão é porque nunca as possuí!"




=*