Saturday, November 15
Eu me preparava para um post explicando um pouco como anda minha vida, porque sumi esta semana... E me deparo com a notícia bombástica de que uma das vértices do triângulo amoroso formado por três amigos meus meus está grávida.
Explicando pra quem pegou o bonde andando: eis que esta colega, vamos chamá-la de Clarissa, me conta que vive uma relação aberta e totalmente new age-hippie style com mais um casal de amigos meus. Os três são (ou eram) namorados. Ele ficava com ela, que ficava com a outra menina, que ficava com ele, e ele ficava com as duas, e cada um com cada um, enfim... "Faça amor não faça guerra" seguido no seu mais puro conceito.
Só que assim... Pro mundo, esta Clarissa não tem nada com eles. O casal é o casal, ela é a "pária" da estória. Para as pessoas, Lara e Beto são o "casal 20", e ela... bem, ela no máximo seria vista como a outra.
Longe de mim julgar, eu não teria competência nem preparo emocional para viver algo assim, meu relacionamento já é deveras complicado.
Enfim, os 3 me são muito caros. Aí ligo pra Lara convidando-a para vir ela e o namorado para minha casa e ela me joga a bomba: "Tô grávida."
Mas na hora lembrei da Clarissa.
Só que Lara pelo visto não sabe que eu estou a par de todos os babados.
Na mesma hora liguei para Clarissa, já que o casal estava na cama vendo filme... Lógico, óbvio e evidente ela estava tomando todas num bar da vida. Nada mais previsível.
Não estou com pena de uma e achando que a outra é uma filha da mãe porque engravidou... Só me pus a pensar sobre o que nos faz seguir por caminhos por onde sabemos que a estrada não vai dar em lugar algum... Viramos reféns da carência de tal forma que deixamos de dar valor a nós mesmos? O que faz um ser humano entrar num relacionamento (?) que é pré entendido que o final não será nada bom para nenhuma das partes?
O fim desta estória é previsível. O casal 20 vai casar de verdade. Clarissa vai cair no esquecimento com a chegada do bebê. E terá muitas idas ao bar para afogar suas mágoas.
Pena? Não. Estou a pensar. A que ponto nos deixamos ser cegos, ou realmente ficamos?