Ode a minha gata.

Friday, May 8
Quando chove lá fora eu penso em ti... Se estás bem, com alguém, com alguma família que por algum motivo te roubou de mim, mas te ama. Será que está com fome? Com sede? Perdida por aí sem entender porque não me encontra...
Eu tentei, Hera, tentei mas você simplesmente sumiu sem deixar vestígios, eu perguntei, vasculhei, e não consegui te encontrar... Me desculpe. Se você estiver sofrendo por aí, me perdoe. Os Deuses sabem o quanto eu sofri e sofro por ter te perdido assim.
Chegaste em minha casa salva da morte... Meiga, conquistastes a todos, e a promessa de um novo dono acabou sendo adiada... Seu jeitinho dócil de lamber todo mundo, de receber os convidados na porta, de carregar pela boca os sacos plásticos, seu jeitinho bobo de levar horas para perceber que eu havia mudado o pratinho de comida do lugar.
Seu pratinho ainda está lá querida. 
Eu rezo para que estejas bem. Mas quando chove...
Quando chove eu não consigo deixar de pensar.
Tomara que os Deuses tenham te levado a permitirem que você esteja por aí sofrendo.
Amo você, minha gatinha. Obrigada pela felicidade que você me trouxe.
E me perdoe por não conseguir te trazer de volta.