Prometi postar sobre algo da minha infância, não foi?
É legal pensar... Quando eu tinha 8 anos, achava que 18 anos era ser velho... Quando tinha 15, 25 anos era sinal de estar casada e com filhos. Hoje tenho 29... E me sinto como criança as vezes.
Bom lembrar que minha vida se resumia a brincar de Barbie e Xuxa (é, eu imitava as Paquitas). Preocupações se limitavam à minha mãe não deixar eu descer pra andar de patins ou ir na padaria com minha turminha... E eles me chamavam tanto que o papagaio que ficava na janela acima da minha (eu morava no 1o andar) aprendeu a falar: "Nathalia.........DESCEEEEEEEEE!!!"
Por (erroneamente, eu acho) ter sido criada meio que numa redoma de vidro, tudo parecia lindo e colorido... Meu quarto virava um mundo inteiro para minha Barbie, uma precinha uma floresta, e teve o dia em que até um presépio serviu de brinquedo para mim e minha prima, que até hoje é uma das minhas melhores amigas e que cresceu comigo.
Hoje as crianças tem a internet para que a imaginação não flua... Não lêem mais, não criam mais. Comecei a ler cedo, e com 8 anos o presente de Natal que pedi foi o livro "História sem Fim" (com certeza todo mundo assistiu...). Com 10 anos as meninas hoje pensam em meninos, tudo é tão precoce... Fases são puladas, e as preocupações chegam mais cedo à vidas que deveriam ser livre delas.
Neste dia das crianças eu chego à conclusão que quanto mais velha eu fico, ao invés da almejada maturidade que pensava que teria nessa idade, preservar o espírito da criança dentro de nós é a chave para uma existência no mínimo mais plena...
Você tem cuidado da criança dentro de você?
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