"stand by me... nobody knows when it's gonna be..."

Monday, September 29
"... acordou de ressaca. Em casa. Como, ela ainda não sabe. Se arrastou para a cafeteira, santa cafeteira, lembrou, quer dizer, tentou lembrar de como chegou em casa. "I love you... A lot.".
É mesmo?
Enquanto se arrasta de um canto a outro tentando ressussitar pra trabalhar, relembra os acontecimentos do final de semana. Tudo lindo, ou quase.
"Sempre quase."
Só porque ela tem ciúmes de uma pirralha de 17 anos?
Só porque ele tem um amigo que insiste em julgá-la apesar de não fazer nada para se aproximar dela?
Só porque a vadia que anda dando em cima dele não apareceu na sexta?
É.
Mais ou menos.
Nossa, parem o mundo, ela queria ficar em casa debaixo das cobertas. Precisa aprender a relaxar. Ele quer que as coisas dêem certo. Ele também se esforça. É, quando não há um projeto de vagabunda colocando a perna na perna dele. Argh.
Foi bom. Mesmo brigando um pouco, foi bom. Beberam demais. Sem beijos. Meu Deus, ela disse a ele que fazia um tempo que eles não transavam. Balança a cabeça. "Bêbada é uma desgraça."
Por que não apagam o Sol? Que dor de cabeça.
No ônibus ela pensa nele. Claro. Sorri das besteiras que falaram. E$les riram muito este fim de semana. E ele fica mais lindo quando ri.
Ela tem que relaxar. Se acalmar. O que tiver de ser, vai ser, não existe modo de evitar qualquer acontecimento não desejado. Eles se amam.
"Tínhamos um mundo só nosso." - ele disse. Ela quer este mundo de volta, onde a presença do outro bastava.

Escuta de um amigo: "Você sabia que a raiz da palavra crise quer dizer oportunidade?"
Tem fundamento. Na crise, uma oportunidade para eles serem felizes de novo.
Acha que está funcionando.

"Good Morning, babe, 8 o'clock."
Ela adora ficar nas nuvens..."